Reunião, na Fecomércio AM, discute o Porto Público de Manaus

Reunião, na Fecomércio AM, discute o Porto Público de Manaus

Na tarde desta terça-feira, 21, esteve presente na reunião de diretores da Fecomércio AM, o diretor-presidente das Empresas Arrendatárias do Porto Público de Manaus, Judson Drummond, que fez uma apresentação, abordando, inicialmente, o arrendamento conquistado em 2001. O gestor lembrou que várias intervenções foram feitas para adequar os procedimentos de embarque e desembarque no flutuante do Roadway. Foram apresentadas fotos onde se pôde constatar como era e como ficou em poucos meses sob a administração das empresas arrendatárias.

Apresentou também imagens das áreas que foram revitalizados em meses seguintes, destacando armazéns onde foram alojadas a agência de passagem e diversos lojistas, com disponibilização de ônibus, carrinhos de bagagem e outras diversas ações que trouxeram melhorias ao processo de desembarque e embarque de todos que frequentam o Porto Público de Manaus.

Drummond lamentou que nos anos seguintes, diversas perseguições políticas, inclusive com invasão das áreas do Porto, criaram uma dificuldade maior para continuidade dos investimentos.

Mencionou ainda, os elevados investimentos realizados nos dois flutuantes para reconquistar as certificações da Marinha, obras essas estimuladas pelo Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, então autoridade portuária à época e em seguida de forma inexplicada e indevida, o órgão federal, arbitrariamente cancela os contratos de arrendamento, para, a princípio, poder executar uma obra com a finalidade de adaptar o Porto para receber transatlânticos que viriam a Manaus para servirem de hotéis durante a Copa do Mundo de 2014. Judson Drummond enfatiza que no período da Copa "nenhum transatlântico atracou no Porto de Manaus, como já era de conhecimento das empresas arrendatárias e de todos aqueles que ministram nesta área de Turismo".

Diretores da Fecomércio AM registraram preocupação com o fato de que hoje Manaus se torna refém de Portos Privados para recebimento e envio de suas cargas e apelou para que o Porto se mantenha alfandegado para poder ser um regulador de preços. Drummond informou que o Porto, mantém uma área alfandegada e que está operando, ainda que com volume abaixo de sua capacidade, muito em função das incertezas que o poder público traz nesta relação. O gestor comprometeu-se em continuar a trabalhar no sentido de manter a área alfandegada operando plenamente.

Drummond comentou ainda das dificuldades burocráticas em lidar com todas as autoridades que se relacionam com as arrendatárias, há visões antagônicas sobre o mesmo assunto. Exemplificou as constantes mudanças das Autoridades Portuárias, que de 2001 a 2011, eram de responsabilidade da SNPH (Estado) com cinco executivos responsáveis e de 2011 até junho 2016, já voltando ao Governo Federal (Dnit e posteriormente a Codomar - Companhia Docas do Maranhão), já passaram sete executivos alguns ficando três, cinco e oito meses e que estas constantes mudanças, mesmo que nas mesmas empresas, normalmente, acarretam reinício de negociações que já estavam avançadas.

Alguns membros da Fecomércio AM estranharam o Porto de Manaus estar subordinado a uma empresa do Maranhão, com sede em São Luís e que não tem nenhum Porto, inclusive no estado em que sua sede está localizada.
 
Drummond finalizou comentando que hoje, as empresas ainda não receberam formalmente o Porto, e que estão impedidas de dar continuidades as indiscutíveis e necessárias revitalizações que a comunidade tanto deseja há  anos.

Participantes da reunião ponderaram sobre a importância de se ter o Porto revitalizado imediatamente, por se tratar de dívida antiga com a sociedade amazonense. Foi sugerido pelo diretor Roberto Bulbol e acatado pelo presidente da reunião e vice-presidente da Fecomércio AM, Dr. José Azevedo, a criação de uma comissão que visitará as autoridades envolvidas para sensibilizá-los da importância de imediata solução em todos os níveis, para que as empresas arrendatárias tenham a tranquilidade jurídica para dar continuidade às necessárias revitalizações no Porto Público de Manaus.

Assessoria de Comunicação
Sistema Fecomércio, Sesc e Senac AM