Confiança do comércio aumenta 14,6% em relação a agosto de 2016
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 103,1 pontos no mês de agosto, indicando otimismo por parte dos comerciantes – acima da zona de indiferença (100 pontos). O indicador teve alta de 14,6% na comparação com agosto de 2016 e leve queda de 0,3% em relação ao mês passado, na série com ajuste sazonal.
Condições atuais em alta
O subíndice da pesquisa que mede a percepção dos comerciantes sobre as condições correntes chegou a 74,2 pontos, uma forte variação positiva de 57,1% na comparação anual e aumento de 1,1% na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal.
A avaliação dos varejistas em relação às condições atuais melhorou em todos os itens, com destaque para a economia e aumento de 103,3% em relação a agosto de 2016. A percepção dos comerciantes em relação ao setor e à própria empresa teve incremento de 55% e 37,5%, respectivamente, na comparação anual.
A proporção de comerciantes que avaliam que o desempenho do comércio está melhor do que há um ano aumentou para 37,2%, ante 19,2% em agosto de 2016.
Insegurança no curto prazo
Único item na zona positiva, com 146,1 pontos, o subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio teve queda de 3,1% na comparação mensal, o que não impediu o avanço de 3,5% na comparação com agosto de 2016.
A piora nas expectativas para o curto prazo quanto ao desempenho da economia (-4,5%), do comércio (-3%) e da própria empresa (-2%) está associada às incertezas geradas na política para o desempenho da atividade econômica nos meses à frente. Mesmo assim, 77% dos entrevistados acreditam que a economia vai melhorar. Em julho, esse percentual havia alcançado 75,9%.
Disponibilidade para investir
O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio registrou leve aumento de 0,4% em agosto, com ajuste sazonal, alcançando 89 pontos. Na comparação anual, no entanto, o subíndice aumentou 9,2%, puxado pelas intenções de investimento nas empresas (11,3%), na contratação de funcionários (15,8%) e em estoques (1,7%).
Para 29% dos comerciantes consultados em agosto, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor que a apontada em julho (29,4%).
De acordo com a CNC, sinais de retomada gradual das vendas do varejo no curto prazo fortalecem o cenário de um desempenho mais favorável em 2017. Apesar de o efeito dos recursos de saques no FGTS ser temporário, a Confederação estima que o volume de vendas do comércio ampliado em 2017 deva crescer +1,8%.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País, e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.
*Com dados da assessoria de comunicação da Confederação Nacional do Comércio (CNC)