O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado no dia 12 de junho, foi lembrado pelo Senac, com uma passeata que partiu do Centro de Convivência da Família Teonizia Lobo que fica na Rua Itaeté, Sn, bairro Mutirão . No trajeto foram distribuídos folhetos para motoristas e pedestres.
Participaram da passeata supervisores, professores e alunos do PAET (Programa de Aprendizagem e Educação para o Trabalho).
A passeata é a primeira de uma série de manifestações para lembrar que o trabalho é para adultos, devendo a criança ser alvo da proteção integral do Estado, da sociedade e da família, sendo prioritária a sua educação.
Perfil do trabalho infantil no Brasil
O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.
Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais,segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos)