Hoje,
16 de julho, é o Dia do Comerciante. Este ano, em que o mundo foi
atingido pela pandemia da Covid-19, o Comércio viveu um dos momentos
mais difíceis de sua história. De
todas as matrizes econômicas, foi o Comércio, o segmento mais atingido e
mais prejudicado com sua paralisação quase total motivada pela
decretação do Estado de Calamidade Pública, que cerrou as portas de
aproximadamente 800 empresas, somente em Manaus, deixando a população
perplexa e desabastecida. Outro momento
doloroso vivido pelos Comerciantes, foi a surpresa e a imprevisibilidade
do encerramento desta agonia, que representava e ainda representa, a
possibilidade de muitas falências e um desemprego de proporções
gravíssimas.
Todos sabem que uma empresa comercial, mesmo de portas cerradas, tem obrigações inadiáveis, tais como, os aluguéis, folha de pagamento e encargos de seus empregados, seus fornecedores, suas despesas operacionais (água, energia, comunicações, material de limpeza e expediente, contador, etc) e os impostos nos níveis federais, estaduais e municipais. Todos esses compromissos, que não podem deixar de ser pagos, sob pena da ocorrência de muitas consequências: multas, juros de mora, correção monetária, corte, reclamações trabalhistas, protestos judiciais, interdições, etc.
O Comerciante sempre foi o ator principal nos momentos difíceis da economia do País. Recordemos: no Plano Cruzado, o Comércio foi fiscalizado de forma ostensiva e hostil, que gerava prisões e fiscalizações dirigidas, infligindo multas, interdição e detenção do Comerciante. Até hoje, em nossa nobre e fundamental missão de atender e servir à população, somos muitas vezes incompreendidos, taxados de exploradores, tubarões e maus patrões. Neste momento de pandemia, no qual o Comércio teve uma pequena parte de suas lojas e estabelecimentos autorizados a abrir suas portas, o que se viu foi uma explosão de alegria e entusiasmo de parte da população, que lotou o centro da cidade e dos bairros, numa demonstração de carinho e reconhecimento ao papel do Comércio na vida da comunidade.
Também somos fortemente incompreendidos quando, permitimos que o Estado embuta nos preços das mercadorias que revendemos, uma pesada carga tributária que nos impinge o conceito de exploradores da população, a qual servimos com todo o compromisso, empenho e respeito. Claro que existem algumas falhas, como há em qualquer profissão: médicos, advogados, políticos e administradores.
Hoje, festejamos o
Dia do Comerciante, ou seja, daquela pessoa que, sem hora ou dia para
funcionar, se esforça para levar à população os bens e serviços
necessários e indispensáveis à subsistência e conforto pessoal e
coletivo. É o Comércio, o agente econômico mais
ativo da economia, não só pelo maior contingente de pessoas que
emprega, quase 800 mil no Estado, mas também por ser o maior
contribuinte do erário público, onde responde por quase 60% das receitas
do Governo.
Com estas palavras, quero
deixar patente a importância da missão do Comerciante que, além de todas
as dificuldades que enfrenta, sempre é o primeiro da fila, escalado
para viver e superar as dificuldades pelas quais passa a economia do
País. Uma das tarefas a que tenho me
obrigado à frente da Fecomércio AM é a de rever e remover este conceito
tão impróprio que nos é imputado por parte da população. Portanto,
em nome da Fecomércio AM, saúdo a todos os Comerciantes, nesta data tão
significativa e digna de aplausos e reconhecimento.
Salve o dia 16 de julho! Dia do Comerciante.
Aderson Santos da Frota
Presidente em exercício do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac AM, Ceceam e Ifpeam