“Não tem acordo. Dinheiro privado não é de uso público, além de inconstitucional e ilegal, é imoral"

“Não tem acordo. Dinheiro privado não é de uso público, além de inconstitucional e ilegal, é imoral"

A força do Sistema Comércio no Brasil, em especial dos colaboradores e beneficiários do Sesc e do Senac em todo o país, vem sendo sentida no Congresso Nacional. Na última terça-feira (16), no Dia S, apoiadores nos 26 estados e no Distrito Federal foram às ruas pedir ao Senado Federal que não aprove o corte de 5% das entidades, o que pode gerar demissões, fechamento de unidades e diminuição de atendimento à população nas áreas de educação, assistência, saúde, lazer, esporte, cultura, distribuição de alimentos e capacitação profissional.

Nos corredores do Congresso Nacional, as informações são de que o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, diz ter um acordo para resolver a situação. Até agora, 27 senadores já protocolaram requerimento de matéria estranha, para que os artigos que tratam dos cortes sejam considerados “não escritos”, e uma petição pública já tem mais de 700 mil adesões.

Do lado dos braços sociais, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, já disse que não há chance de acordo. “Dinheiro privado não é de uso público, além de inconstitucional, é ilegal e imoral”, afirma Tadros.

Parece que a CNC está disposta a ir até a última instância dessa batalha com o argumento de defesa dos milhares de empregos e para evitar o fechamento de unidades em mais de 100 cidades, reduzindo em muito a oferta de serviços aos comerciários e à população.

“Em momento nenhum, Freixo procurou a CNC para entender o Sistema e as verbas que são provisionadas, tanto para a manutenção das estruturas quanto para custeio e ampliações em curso. Pelo contrário, de forma sorrateira e arbitrária, orquestrou a inserção desse jabuti na discussão”, criticou o presidente da CNC.

“A população saberá quem esteve a favor e quem esteve contra, provocando os fechamentos das unidades. Caso isso aconteça, quem perderá não é somente o Sistema, mas toda a população brasileira. Não carregarei nos ombros e nem meus pares as consequências logo à frente”, finalizou Tadros.