O Ministério da Saúde divulgou o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, a documentação foi entregue no último sábado (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF). O plano de 93 páginas, tem como medida a resposta ao enfrentamento da doença, tida como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
O programa é divido em dez eixos, passando pela situação epidemiológica e definição da população-alvo, vacinas, farmacovigilância, sistemas de informações, operacionalização para vacinação, monitoramento, supervisão e avaliação, orçamento para operacionalização da vacinação, estudos pós-marketing, comunicação e encerramento da campanha de vacinação.
A proposta afirma que o êxito da ação só será possível mediante o envolvimento das três esferas de gestão em esforços coordenados no Sistema Único de Saúde (SUS), mobilização e adesão da população à vacinação.
O texto não informa a data de inicio da vacinação, pois para a incorporação da nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação, é necessária a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas o plano objetiva estabelecer as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação no país, assim que aprovada pela Anvisa.
O documento afirma que “para conseguir atingir o objetivo de interrupção de transmissão da doença sem colapso dos serviços de saúde haveria a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social com duração de 1 a 2 anos, resultando em impacto econômico e social para o país. Para minimizar esse impacto, diversos países e empresas farmacêuticas estão empreendendo esforços na produção de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19”, descreve.
Atualmente as vacinas para Covid-19 encontram-se em estudos de fase 3, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população.
O plano lista 13 vacinas candidatas, entre elas a Coronavac, destacada no documento com resultados positivos. Além de considerar ainda a existência de 52 vacinas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa.
Ainda de acordo com o documento, se planeja distribuir cerca de 108 milhões de doses para mais de 51 milhões de pessoas de grupos prioritários, divididos em quatro fases. Na primeira fase se encaixam os trabalhadores da saúde, pessoas a partir de 80, depois, de 75 a 79 anos e indígenas.
Na segunda fase, pessoas de 70 a 74 anos, de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos. Na terceira fase estão pessoas com comorbidades, como diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados, anemia falciforme, câncer e obesidade grave.
Já na quarta fase estão professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Foram investidos pelo Governo Federal 1,9 bilhão de reais de encomenda tecnológica associada à aquisição de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz. Outros 2,5 bilhões de reais foram para adesão ao Consórcio Covax Facitity.
Além disso, 177,6 milhões de reais para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. E um destaque orçamentário de 62 milhões reais para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.
Confira o documento na íntegra: file:///Users/sesc/Downloads/1_5094074329679790405%20(1).pdf