O governador do AM, José Melo, retornou ontem, dia 14, da COP-21, conferência realizada em Paris, que debateu as mudanças climáticas e visou o acordo entre países, no que tange medidas comuns no combate ao aquecimento global. Seu primeiro compromisso ao chegar ao Amazonas foi um almoço com empresários na Fecomércio na tarde desta terça-feira (15). Em seu discurso, Melo citou a multiplicidade das atividades econômicas brasileiras, como a maior reserva de água doce do mundo, oito por cento das riquezas minerais globais, uma rica plataforma de petróleo e gás, entre outros, mas mesmo com todos esses recursos o país está passando por uma crise econômica, que conforme explica Melo, tem como causa um conflito institucional interno. "Há uma falta de segurança orgânica, sob todos os aspectos, inclusive o jurídico, que assusta o resto do mundo", explica o governador. Em relação ao Amazonas, Melo citou a Zona Franca de Manaus e apontou a recessão no mercado interno e a redução das vendas para Argentina e Venezuela como fatores que a impactaram e consequentemente a economia amazonense. O governador destacou que até setembro deste ano, o setor de comércio e serviços ainda não havia sido abalado pela crise.
Em outubro, houve uma queda na receita estadual, em decorrência do impacto da crise sobre o setor terciário, resultando em cortes na estrutura do governo, mil pessoas foram retiradas de cargos comissionados, sete secretarias foram extintas, quatro foram fundidas e houve a repactuação de contratos com parceiros. "Tomamos essas medidas, pois imaginávamos que esta crise teria uma solução rápida, pois é consequência de uma crise institucional, mas não aconteceu, acentuou-se, como consequência houve uma queda ainda maior na arrecadação", explicou Melo. Para dimensionar o impacto da crise no Amazonas, o governador citou que a receita do estado já cresceu em média 9% em anos anos anteriores. Em 2015, não houve crescimento.
Nesse contexto, o governo precisou estabelecer prioridades na saúde, educação e segurança (em um ano foram apreendidas mais drogras do que em dez anos, o tráfico representa 70% das ocorrências policiais). Melo destacou também o foco no plano de carreira e promoção dos servidores públicos e o Amazonas se sobressaiu como sendo um dos poucos estados Brasileiros que já pagou o décimo terceiro salário dos funcionários públicos. O governador se diz otimista em relação à economia do país, desde que corrigidos os problemas institucionais. Em relação ao COP-21, informa que defendeu em Paris, uma nova matriz econômica sustentável para o estado, focada na piscicultura, turismo e exploração da venda dos alimentos nativos da região.
José Melo foi aplaudido pelas lideranças empresarias presentes no evento, entre elas, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do AM, Dr. José Roberto Tadros e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço. Dr. Tadros agradeceu a presença do governador, seu conhecimento e exaltou a bela escolha feita pelos amazonenses ao elegê-lo e que a Fecomércio se posiciona favorável às decisões políticas adotadas, principalmente as que se referem ao enxugamento do Estado.
Assessoria de Comunicação
Sistema Fecomércio - Sesc e Senac AM