A pesquisa realizada entre os dias 22 e 31 de março, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, com a participação de 164 empresas amazonenses, revela que a confiança dos empresários do comércio apresentou um leve aumento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 111,0 (abr/23) para 111,6 (abr/24).
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é composto pelos Índices de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC).
Trata-se de um “apurado entre os tomadores de decisão das empresas que detecta tendências de ações empresariais dos segmentos do varejo, como apetite para investir em estoques e na contratação de funcionários. Uma ferramenta poderosa para varejistas, fabricantes, consultorias e instituições financeiras, que pode ser amplamente utilizada pelo setor em seu planejamento de estoques e investimentos”, como explica o economista e diretor executivo da Fecomércio AM, Igo Viana.
Segundo o economista, apesar do ICAEC apresentar queda significativa (-8,9%) em relação a abril de 2023, reforçando que as condições atuais do setor e da economia ainda são desafiadoras, a expectativa para a economia brasileira é de otimismo para o comércio e as empresas comerciais, de acordo com o IEEC, que apontou um aumento de 7,2%.
Já o IIEC foi de 102,5 (abr/23) para 102,3 (abr/24), permanecendo praticamente estável em relação ao mesmo mês do ano anterior, demonstrando que os empresários do comércio mantiveram um nível de investimento estável em comparação com o ano anterior.
No Amazonas o ICEC atingiu o patamar de 111,6, ficando 3% acima da média nacional, que atingiu 108,1. Vale ressaltar que no ano passado a última vez que este indicador alcançou o patamar acima de 110 foi em setembro e em 2024 já acumula o quarto mês consecutivo acima desta medida.
Abaixo a análise completa e individual de cada índice:
1) Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC)
Composto por 3 itens que comparam a situação econômica do País, do setor de atuação e da própria empresa em relação ao mesmo período do ano anterior, teve queda de 8,9% (91,8 - abr/23 para 83,6 - abr/24).
Esta queda é resultado de uma combinação de fatores que afetam as condições atuais da economia, do setor de atuação e das próprias empresas comerciais.
- Condições Atuais da Economia (CAE) = 72,4 (abr/23) para 69,4 (abr/24), queda de 4,2%
- Condições Atuais do Comércio (CAC) = 91,3 (abr/23) para 80,1 (abr/24), queda de 12,2%
- Condições Atuais das Empresas Comerciais (CAEC) = 111,7 (abr/23) para 101,5 (abr/24), queda de 9,1%
- Expectativa da Economia Brasileira (EEB) = 124,7 (abr/23) para 142,3 (abr/24), aumento de 14,1%;
- Expectativa do Comércio (EC) = 139,7 (abr/23) para 149,1 (abr/24), aumento de 6,7%;
- Expectativa das Empresas Comerciais (EEC) = 152,2 (abr/23) para 155,3 (abr/24), aumento de 2,0%;
2) Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC)
Composto por 3 itens que avaliam os mesmos aspectos, mas em relação ao futuro de curto prazo (6 meses), teve um aumento de 7,2% (138,9 - abr/23) para 148,9 - abr/24).
Este resultado demonstra o otimismo crescente dos empresários do comércio em relação à situação econômica do país, do setor e de suas próprias empresas no futuro a curto prazo.
3) Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC)
Composto por 3 itens que mensuram a expectativa de contratação, nível de necessidade de investimento e situação dos estoques, foi de 102,5 (abr/23) para 102,3 (abr/24), permanecendo praticamente estável em relação ao mesmo mês do ano anterior, indicando que os empresários do comércio mantiveram um nível de investimento relativamente estável em comparação com o ano anterior.
Expectativa de contratação (IC) = 117,4 (abr/23) para 115,5 (abr/24), queda de 1,6%;
Nível de investimento (NIE) = 97,2 (abr/23) para 96,3 (abr/24), estável;
Situação dos estoques (SAE) = 89,7 (abr/23) para 90,4 (abr/24), aumento de 0,7%;