Ciente da gravidade da pandemia do novo coronavírus, que tem trazido enormes perdas e sofrimento tanto para as famílias quanto para as empresas, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) defende que é possível manter o funcionamento do comércio formal, desde que sejam cumpridos todos os protocolos sanitários.
Como representante de um dos setores que mais geram empregos no País, a CNC entende que a maioria dos estabelecimentos comerciais e de serviços tem cumprido os protocolos de prevenção à covid-19. O setor vem investindo nas adequações sanitárias e não permite aglomerações. Por isso, fechar o comércio, como tem sido feito em cidades e estados brasileiros, ou mesmo reduzir o horário de funcionamento – gerando horários de pico – não são soluções para reduzir o crescente contágio.
A CNC compreende que o número crescente de vítimas mantém a crise em cenário agravado, mas acredita que a preservação da atividade econômica e os cuidados com a vida e com a saúde podem acontecer simultaneamente. Diante desse cenário, a Confederação pede às autoridades que foquem os recursos e a energia na fiscalização de aglomerações indevidas, como no caso de festas clandestinas, e aos governos que entendam a necessidade de mitigar também os danos sociais e econômicos, permitindo o funcionamento responsável de um setor que é a base da economia e que não pode parar.
“A vacinação nos enche de esperança, mas, até que todos nós estejamos imunizados, precisamos garantir a vida das pessoas e também a sobrevivência dos negócios, que geram emprego e renda. Os comércios precisam funcionar com consciência e responsabilidade, respeitando sempre os protocolos de prevenção”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembrando que a Confederação tem buscado contribuir para que o Brasil possa superar esta crise sanitária sem precedentes. “Disponibilizamos a capilaridade do Sistema Comércio, por meio das unidades do Sesc e do Senac de todo o Brasil, presentes em cerca de 2 mil municípios, para contribuir no processo de imunização da população nestas localidades.”
Brasil perdeu 75 mil lojas em 2020
Levantamento recente da CNC reforça ainda mais o impacto da pandemia no setor. Segundo a Confederação, mais de 75 mil lojas fecharam as portas no Brasil, em 2020. A retração é a maior desde 2016, quando o comércio ainda sofria os efeitos da maior recessão da história recente do País. Além disso, no ano passado, o varejo brasileiro ainda sofreu com a queda das vendas (-1,5%) e do nível de ocupação (-25,7 mil vagas formais).
Sugestões de medidas
A CNC vem trabalhando, desde o início da pandemia, no sentido de buscar soluções para que os empresários possam enfrentar essa difícil conjuntura. Ao longo de 2020, a Confederação sugeriu ao governo federal uma série de medidas (nos âmbitos trabalhista, tributário, financeiro e jurídico), com o objetivo de reduzir os impactos negativos da crise nas empresas, visando à manutenção dos empregos, como a desburocratização para obtenção do crédito nas instituições financeiras. O custo do dinheiro tem sido uma das grandes dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas, que podem ter ainda mais complicações para manter seus negócios em meio a uma nova restrição rígida de circulação de pessoas.
*Release produzido pela Gerência Executiva de Comunicação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Gecom/CNC)