por Osíris M. Araujo da Silva
Economista
Estudo realizado pelo SEBRAE conclui que, por ser época em que o emocional do consumidor está sensível, o fim do ano é propício para comemorações, agradecimentos e promessas para o novo ano. Sobretudo depois de três anos de depressão econômica do governo da presidente Dilma Rousseff (2011-2016) e mais dois anos da pandemia de Covid-19 que afetou especialmente as micro e pequenas empresas (MPE) no Brasil, com a queda brusca na demanda, interrupção das atividades e, eventualmente, o fechamento definitivo de diversos empreendimentos. O caos econômico e social instalado aqui e mundo afora. Efetivamente, os eventos de Natal e Ano Novo continuam superiores em termos de faturamentos à média de todos os demais meses.
Esta, de fato, uma estação bastante promissora, ainda mais porque os consumidores estão mais capitalizados devido ao 13º salário. As festas natalinas fazem parte de períodos tradicionais em que presentes são trocados, amigos-secretos acontecem, comemorações de famílias são constantes e empresas aquecem suas vendas. Elas representam, portanto, oportunidades de aumentar os lucros e estreitar o relacionamento com os clientes. Diante de momento tão especial, o estudo recomenda que o comerciante precisa estar preparado e capacitar a equipe é o ponto-chave para excelentes vendas e acréscimo positivo na rentabilidade. A época requer, além de criatividade e inovação, uma estratégia de marketing capaz de atrair novos consumidores.
O SEBRAE recomenda ao comércio investir nas possibilidades de cada loja e usar todo o potencial do seu negócio para que esse período seja memorável. Disponibilizar os produtos que os clientes querem comprar, oferecer o melhor atendimento visando cativar o público. Uma solução prática, conveniente e acessível, aponta o estudo, é realizar ações digitais usando plataformas de vendas de itens típicos de Natal, com uma comunicação mais lúdica de fim de ano, sensibilizando o consumidor. Importante observar o poder de compra do seu público, eventual avanços da inflação e as mudanças de comportamento dos clientes, que substituem produtos por opções mais econômicas. Cenário que torna necessário ao varejista oferecer versatilidade e alternativas mais baratas.
O Natal é a principal data comemorativa do ano e deve movimentar as ruas de todo o país, levando mais de 132,9 milhões de consumidores às compras em todo o Brasil. É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com o levantamento, o Natal deste ano deve injetar R$ 74,6 bilhões na economia. No Amazonas o quadro é semelhante. O consumidor, mais liberado das correntes da pandemia, está mais confiante.
Segundo o presidente da Fecomércio, Aderson Frota, pesquisa de Intenção de Compra do Consumidor realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas revela que 98% dos entrevistados pretendem ir às compras este ano. Entre os itens que aparecem na preferência para presentear, estão: vestuário (61%), calçados (60%), perfumes e cosméticos (45%). Sobre intenções de compras, 45% dos entrevistados disseram que pretendem gastar entre R$ 81 e R$ 200, 29% entre R$ 201 a R$ 300 e 21% das repostas acima de R$ 400,00. Apenas 5% responderam que pretendem gastar até R$ 80.
BOAS PERSPECTIVAS COMERCIAIS, BOAS FESTAS!