Amanda Carla Evangelista - Advogada e Economista
A globalização do mercado tem encontrado um crescimento exponencial na adoção de criptomoedas ao redor do mundo, marcando uma transformação significativa no panorama financeiro global. O aumento do uso de criptomoedas é impulsionado pela busca de eficiência de transferências internacionais, por maior privacidade em transações, e uma alternativa de grandes ganhos superados ao tradicional sistema monetário.
À medida que mais pessoas se familiarizam com o Bitcoin e outras criptomoedas, eventos significativos no ciclo de vida dessas moedas, como o “halving”, naturalmente atraem mais atenção. E para essa ferramenta, não poderia ser diferente a aplicação da lei da oferta e demanda como princípio econômico básico que descreve a relação entre a disponibilidade de um bem e o desejo dos consumidores, afetando o preço final.
Assim, como ferramenta que assegurasse a escassez e potencial valorização das criptomoedas, incorporou-se o “halving” como mecanismo de protocolo do Bitcoin que corta pela metade a quantidade de novos Bitcoins gerados e recompensados aos mineradores por cada bloco minerado. Esse evento acontece a cada quatro anos, ou a cada 210 mil blocos, até que todos os 21 milhões de bitcoins sejam minerados, demonstrando a natureza finita e segurança da nova moeda.
Em eventos de anos anteriores, o cenário desenhado para o Bitcoin foi a redução para metade, apresentando cotação da cripto a US$ 12 (28 de novembro de 2012); cotação a US$ 650 (9 de julho de 2016); cotação a US$ 8.821,00 (11 de maio de 2020). Nesta sexta-feira (19), o Bitcoin completou o tão esperado “halving”, com a mineração do bloco número 840 mil.
O Bitcoin operava em queda de 1,83%, a US$ 63,803 dólares, equivalente a R$ 333,70 reais, após o “halving”, que reduz para metade a recompensa por bloco minerado. Um de seus efeitos mais discutidos é o potencial impacto no preço do Bitcoin, a teoria é que a redução da oferta de novos bitcoins, mantendo ou aumentando a demanda, pode levar a um aumento no preço dessa criptomoeda.
Historicamente, os “halvings” anteriores foram seguidos por aumentos significativos no preço do Bitcoin, embora outros fatores de mercado também tenham influenciado essas variações de preço. O “halving” estimula que os ganhos dos mineradores sejam reduzidos pela metade, por outro lado, também faz com que os custos das operações permaneçam os mesmos ou subam. A expectativa no mercado é que haja objeção de mineração de blocos, isto é, haja maior dificuldades para validação e inclusão de novas transações.
Para consumidores e investidores de criptomoedas, o “halving” é um evento crucial que merece o consentimento ampliado das criptomoedas como uma classe de ativos legítimos e um fenômeno tecnológico e financeiro importante.
Entender que o “halving” tem um desempenho significativo na moldagem da economia digital e nas decisões financeiras individuais é perceber que seus efeitos oferecem oportunidades e insights valiosos sobre a evolução do capital e ganhos com investimento na era digital. Hoje (22.04.2024), a cotação do Bitcoin alcança o marco de R$344.354,10, com crescimento de 1,36%, fruto de um testemunho do crescente interesse e confiança no potencial desta criptomoeda como forma de ganho.